Tudo começou em no de2009, quando recebemos o convite para estar indo a uma expedição missionária ao interior da Bahia.
Mesmo tendo recebido o convite não tínhamos certeza se a viagem iria acontecer, pois a viagem não tinha vinculo direto com nenhum ministério, e seria formada por irmãos de diversos ministérios, ao todo 10 irmãos e irmãs, sendo 4 cantores e 6 pregadores.
Começamos a fazer o planejamento em outubro de 2009, tivemos varias reuniões, mas ainda faltava o principal, recurso para as despesas da viagem.
Depois de muitos contatos, telefonemas, e muita oração, alguns pastores de Minas Gerais foram tocados por Deus para nos ajudarem com parte dos recursos (agradeço a Deus pela vida de cada deles) e ficou acertado que passaríamos por Minas Gerais para pregar nas igrejas que nos ajudariam.
Depois de 4 meses planejando ficou acertado que partiríamos no dia 6 de fevereiro de 2010 depois do culto de santa ceia.
E assim aconteceu, mas já na partida o inimigo da obra de Deus começou a trabalhar, na ultima checagem antes pegarmos a estrada o documento do carro de um de nossos irmãos e sua habilitação sumiram, e sem estes documentos não tínhamos como viajar, e ai você já sabe corre pra cá, corre pra lá, procura dali, procura de lá, ate que achamos o documento que estava embaixo do banco em um lugar que não dava para ver.
Foram 16 horas de viagem até Curvelo em Minas Gerais onde pregamos a palavra de Deus, onde houve curas, milagres e o mais importante, SALVAÇÃO DE ALMAS.
Antes de prosseguir quero contar algo interessante que aconteceu antes de prosseguirmos viagem para Bahia, no ultimo culto em Minas que foi no sábado, dia que normalmente não havia culto na igreja;
Nós estávamos na igreja e havia poucas pessoas, por não haver cultos no sábado, estávamos orando ainda quando de repente entram varias pessoas na igreja e ninguém sabia de onde vieram tantas pessoas, o culto prossegue sem que ninguém soubesse de onde eram aquelas pessoas, a irmã Alessandra prega e logo depois Deus usa ela para falar com uma mulher que ali estava, ela faz o apelo e a mulher recebe Jesus como seu Salvador e só depois disso fica explicado de onde vieram todas aquelas pessoas, é que um ônibus da prefeitura havia quebrado bem em frente a igreja, e todos do ônibus resolveram entram para dentro da igreja (GLÓRIAS A DEUS QUE SABE COMO TRABALHAR).
Bem vamos para estrada novamente, saímos de Minas sem saber o que encontraríamos pela frente, deixa-me te falar uma coisa antes de prosseguir o Nosso Deus realmente livra e guarda aqueles que estão ao seu serviço, foram incontáveis os livramentos que tivemos na estrada, mas o Anjo do Senhor acampa ao redor dos que o tem e os livra.
A paisagem foi mudando a nossa frente, o verde foi ficando cada vez mais escasso (veja as fotos da viagem), logo na entrada da estrada de terra que nos levaria ao nosso destino paramos um pouco para esticar as pernas e tivemos o primeiro contato com o pequeno largato chamado calango ( que um menino que passava próximo de nós a nos ver admirados por haviam vários sobre as pedras, insistia em nos convencer que era apenas uma largatixa).
Dai para frente a realidade já era outra, andamos por uma estrada de terra do município de Urandi depois fomos por outra estrada de terra já perto de Sebastião Laranjeiras já nessa estrada notamos pontes sobre rios secos, e quando parávamos para perguntar as pessoas que passavam ( a maioria andando ou a cavalo) a resposta sempre era a mesma ta tudo seco pra lá. Faziam mais de 4 meses que não chovia, o lugar para onde estamos indo é um assentamento com sistema de irrigação, mas mesmo assim a água é escassa.
Quando chegamos ao nosso destino, Núcleo 3 nos deparamos com uma realidade bastante diferente da nossa, um vilarejo com ruas de terra sem calçamento, afastado mais de 1 hora de carro, os acessos são todas estradas de terra sem iluminação, não tem posto de saúde, nem pronto socorro, não há posto policial, pelo que soubemos a única condução, ou seja ônibus, vai lá uma vez por dia, vimos varias motos lá mais nenhum carro,
Se alguém passar mal lá, só resta orar.
Sofremos o impacto de outra realidade, é como se fosse outra cultura dentro do nosso País, mais nada disso nos desanimou, nossa missão ali era maior que todas as dificuldades, GANHAR ALMAS.
Apesar de tudo fomos recebidos com muita alegria, até mesmo pelos não crentes, na nossa primeira compra na mercearia ao saberem que estávamos hospedados ali nos ofereceram um fogão de duas bocas e gás, um povo simples mas hospitaleiro, depois de muito insistirmos que não seria necessário, pois comeria-mos na casa do pastor da pequena igreja que ali se encontra, fomos visitar a igreja, para colocarmos as bandeiras e a decorar para os cultos que teríamos ali nos dias que se seguiriam, ficamos hospedados em uma casa cedida por fazendeiro (católico) que não cobrou nada por isso.
No dia seguinte a nossa chegada fomos evangelizar as áreas mais distantes, fomos em uma saveiro com bancos de madeira improvisados na carroceria e debaixo do banco um botijão de gás que era o combustível, de vez em quando ela parava pelo calor, o irmão Aílton parava para fazer a nossa limusine andar.
Chegamos em uma casa onde não havia, luz elétrica, não havia água, e naquele dia também, não havia comida, um irmão que estava conosco havia levado o que sobrou do nosso café da manhã e deu aquela família, o pastor da igreja local, providenciou alimento para aquela família no mesmo dia.
Em breve estarei contando o restante da viagem.
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