VISITAR OU NÃO VISITAR? O QUE A BIBLIA DIZ

22/06/2015 14:37

VISITAR OU NÃO VISITAR? O QUE A BIBLIA DIZ

DIÁCONO ANDRE MUNIZ

Há alguns dias atrás fui perguntado por um irmão o que a Bíblia fala sobre visitas. Porque o “Pastor de sua Igreja” falou que não gosta de visitar e a Bíblia não fala nada sobre visitas.

Não fala??? Então para responder vamos a Bíblia, que pela misericórdia de Deus pude ler algumas vezes.

Tg 1:27 A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.

Vamos tomar por referência o texto de Lucas 10.1-12.

1 - E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir.

2 - E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara.

3 - Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.

4 - E não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho.

5 - E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa.

6 - E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós.

7 - E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa.

8 - E, em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos puserem diante.

9 - E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus.

10 - Mas, em qualquer cidade em que entrardes e vos não receberem, saindo por suas ruas, dizei:

11 - Até o pó que da vossa cidade se nos pegou sacudimos sobre vós. Sabei, contudo, isto: já o Reino de Deus é chegado a vós.

12 - E digo-vos que mais tolerância haverá naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade.

 

Agora vou deixar as seguintes referências tomando por base o Mestre:

 

Jo 11.19,20 - Jesus visitou um lar enlutado

19 E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.

20 Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.

 

Lc 5.27-29; 7.36-38  - Jesus visitou outros lares

Lc 5:27 E, depois disto, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me.

Lc 5:28 E ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu.

Lc 5:29 E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia ali uma multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa.

Lc 7:36 E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.

Lc 7:37 E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;

Lc 7:38 E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento.

 

Tg 1.27 - Visitar é um ministério altamente importante

A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.

 

 

A primeira pessoa a exercer este ministério foi o Senhor Jesus.

 

 

Visitação: A visitação bíblica além de ganhar almas para Jesus, socorrer as pessoas de suas necessidades materiais e espirituais, encoraja e consola o crente.

 

É comum a responsabilidade da visitação recair sobre o pastor da igreja local. Mas, na prática, essa missão deve ser cumprida por grupos especiais de irmãos devidamente preparados. A Bíblia afirma que a visitação aos necessitados é a expressão de uma religião pura e imaculada (Tg 1.27). Assim sendo, a religião cristã deve manifestar aos pobres e carentes o mesmo amor que Deus demonstrou à humanidade (Jo 3.16; Gl 6.10).

 

I. A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO DE VISITAÇÃO

 

O trabalho de visitação, feito pela igreja, é um ministério que deve ser entendido a partir do contexto de 1 Coríntios 12.4-6, que trata dos dons espirituais. Neste texto, há distinção de ministrações do Espírito Santo por meio dos donsministérios e operações. O termo “ministérios” significa literalmente “serviços”. A forma plural indica que há serviços especiais da parte do Senhor, para os quais Ele habilita seus servos a executarem.

1. Visitar é uma missão restauradora e salutar. Na lição anterior, vimos o aconselhamento cristão como um meio de ajudar as pessoas a pautarem suas vidas pelos padrões das Sagradas Escrituras. A visitação tem o mesmo objetivo. É por isso que o ato de visitar demanda do visitador preparação adequada, conhecimento bíblico e maturidade espiritual. Conforme ensina Romanos 12.8, o “dom da exortação” tem o significado literal de “alguém que se coloca ao lado de outrem para ajudar”.

2. Visitar é uma missão de consolidação da fé em Cristo. Cada igreja local deve cuidar bem dos novos convertidos que se agregam à comunidade cristã. Foi Jesus quem ordenou em João 21.15-17: “Apascente meus cordeiros; apascenta minhas ovelhas”. Discipular os que se convertem ao Senhor Jesus é parte integrante da Grande Comissão: “ensinando-as a guardar todas as coisas” (Mt 28.19,20). Integrar o novo crente à igreja e doutriná-lo é uma missão conjunta do pastor e dos visitadores. O ministério de visitação exige a utilização adequada de recursos e talentos que auxiliem as pessoas visitadas a se fortalecerem e crescerem na fé com o genuíno leite espiritual (1 Pe 2.2; 1.23; Jd v.20).

3. Visitar é uma missão de consolo. O consolo e o conforto que vêm de Deus suavizam o sofrimento e aflição da pessoa assistida. Quem nos capacita para isto é o Espírito Santo, que é o divino Parákletōs, isto é, “o Consolador” (Jo 14.16). A igreja como Corpo de Cristo possui uma grande diversidade de membros, e cada qual com sua diferente função. Esses membros se ajudam mutuamente para a perfeita saúde e bem estar de todo o corpo. A Palavra de Deus afirma: “para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros” (1 Co 12.25). Isto significa que o ministério de visitação, quando realizado de acordo com a doutrina bíblica, contribui eficazmente para o cumprimento da missão consoladora da Igreja neste mundo.

 

III. OS APÓSTOLOS E O TRABALHO DE VISITAÇÃO APÓS O PENTECOSTES

 

1. Pedro. O apóstolo Pedro compreendeu o ensino de Jesus sobre a importância da visitação para o estabelecimento efetivo e frutífero da Igreja na Terra. Ele, como um dos três discípulos mais chegados a Jesus, esteve com o divino Mestre muitas vezes em suas visitas aos lares. Pedro visitava com frequência as casas dos primitivos cristãos. Naqueles primeiros tempos, não havia templos como hoje. A igreja estava em formação e reunia-se nos lares. As visitas de Pedro incluem:

a) O lar de Enéias, paralítico há oito anos, sendo este curado em nome de Jesus (At 9.32,33);

b) A casa de Dorcas, uma mulher caridosa que havia falecido. Ocasião em que, após a oração de Pedro, a mulher ressuscitou (At 9.36-42);

c) A residência de Cornélio, um centurião romano de Cesaréia, para o qual Pedro pregou o Evangelho de Cristo, para ele e toda sua família (At 10.33,34).

2. João. Duas referências nas epístolas de João indicam o quanto o apóstolo valorizava a visitação aos irmãos em Cristo e a comunicação interpessoal. Expressões típicas de suas cartas revelam esse hábito, tais como: “falar de boca a boca” (2 Jo v.12; 3 Jo v.14). Ele valorizava esse ministério de visitação.

3. Paulo. O apóstolo Paulo era um visitador consistente. Ele ensinava especialmente nas casas. Em suas epístolas, costumava lembrar das pessoas visitadas em suas viagens (Fm vv.1,2). Paulo pregava em todas as residências que se lhe abriam as portas para ensinar a doutrina de Cristo (At 20.20,21).

 

IV. O MINISTÉRIO DE VISITAÇÃO NA IGREJA

 

1. Programa sistemático de visitação na igreja. O ministério de visitação só terá êxito se for feito de forma organizada e sistemática. Deve haver um plano de ação que inclua: listagem com nomes e endereços; treinamento dos visitadores; oração coletiva e individual; supervisão e relatório do trabalho realizado.

2. A liderança da igreja deve motivar o ministério de visitação. A igreja precisa ser motivada e mobilizada para essa missão. A Escola Dominical deve liderar o ministério da visitação. Cada departamento, com suas diversas classes, deve realizar este trabalho em coordenação com os demais setores da igreja. Os líderes responsáveis pela supervisão devem saber selecionar as pessoas para visitação, conforme as necessidades dos lares que serão visitados. Portanto, cada departamento da igreja deve ser instruído e motivado, para que haja a consolidação da vida cristã normal e socorro aos necessitados.

3. A preparação bíblica dos visitadores (2Tm 2.15). A preparação bíblica pode ser feita através de cursos intensivos que envolvem conhecimento das doutrinas fundamentais da fé cristã e orientações bíblicas de aconselhamento cristão. O visitador precisa de orientação sobre relacionamento social, o que envolve: tato, sabedoria, discernimento, precaução, paciência, prudência, compromisso, amor e outros valores indispensáveis ao que almeja contribuir com o reino de Deus na igreja.

 

A Igreja, enquanto representante de Cristo na Terra, deve desenvolver um ministério espiritual e social de visitação. Aos que exercitam bem o ministério da visitação, o Senhor dirá: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34b). Aos que desprezam o ministério de visitação, o Senhor Jesus dirá: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.” (Mt 25.41b-43). De que lado você está?

BIOGRAFIA; COMENTÁRIOS E PESQUISA DIÁCONO ANDRE MUNIZ

LIÇOES BIBLICAS CPAD

BIBLIA THE WORD.

—————

Voltar


Contato

MUNIZ PROUÇÕES